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Lições pra vida

Como é bom poder retornar a escrever. :D  Esse espaço me serve e me ajuda muito a manter minha mente limpa,por proporcionar os meus desabafos felizes ou não. HAHA 

Muito já se passou,deixei de contar muito por aqui, mais de um ano depois,estou eu de volta,pra falar de um filme,um filme que eu amei,chorei,ri,torci,zanguei,isso aí varias emoções sentidas em 1:30h mais ou menos na frente da telona do cinema e enquanto eu tento escrever sobre minha experiência ao assistir Divertida Mente, novo filme do queridíssimo estúdio Pixar, minha cabeça está uma bagunça. Todos os sentimentos estão acordados e discutindo. A Alegria quer que eu fale sobre o ótimo filme que vi, quer que eu recomende Divertida Mente para todos vocês. A Tristeza está ocupadíssima me fazendo pensar em toda a minha infância, e quer que o choro, meio nostálgico, que aconteceu durante todo o filme volte agora mesmo. Mas esse duelo de sentimentos faz parte de Divertida Mente, e essa é uma jornada ao centro da mente na qual você precisa de embarcar.

Divertida Mente mexeu comigo, não apenas pela história que emociona, mas, principalmente, pela criatividade ao retratar diversas partes e detalhes da mente humana. Sem ter assistido um trailer sequer da animação (não por falta de interesse, mas porque tenho evitado trailers mesmo), eu pouco sabia da história do filme. Conhecia a premissa e sabia que ele se passaria quase que completamente dentro da mente de uma menina, mas não fazia idéia de como aquilo ali seria desenvolvido para uma animação de uma hora e meia.Todos esses questionamentos iniciais foram esquecidos e passei o resto do filme ora boquiaberto ora com um sorriso bobo no rosto as assistir a genialidade daquilo tudo. O roteiro de Divertida Mente – escrito por Pete DocterMeg LeFauve e Josh Cooley – impressiona pela inteligência. As formas encontradas para lidar com conceitos tão abstratos como as emoções e o funcionamento da mente humana, e transformar isso numa história ao mesmo tempo divertida e educativa, impressiona. Além de representar fisicamente as cinco emoções de Riley, o filme ainda traz explicações para coisas como a origem dos sonhos, o porquê de esquecermos alguns acontecimentos antigos e outros não – e alguns serem lembranças recorrentes (uma ótima piada do longa) – e como se dá a formação da personalidade. Mas a ideia mais interessante do filme é justamente sobre a emoção que mais tentamos evitar, a tristeza. Divertida Mente ensina uma lição muito importante sobre como lidar com a tristeza ao invés de simplesmente fugir dela. Até porque a vida não é feita apenas de alegrias e, eventualmente, todos teremos de encarar um momento de tristeza. A mensagem é a de que toda emoção tem seu propósito e seu momento, a questão é sabermos controlar e dosar cada uma delas, afinal, a vida é uma mistura disso tudo. Divertida Mente é, no final das contas, um filme sobre amadurecimento e aprendizado – alegria, raiva, medo, nojo e podem coexistir quando estamos em harmonia. 


Sala de comando 



Divertida Mente, acima de tudo, fala do verdadeiro furacão de informações e sentimentos que passa pela nossa cabeça, e o quanto isso evolui durante nosso crescimento.
Na mente da jovem Riley, o caminho desenhado por Pete Docten durante a história é simples e real: quanto mais ela cresce, menos espaço tem para a Alegria, personagem responsável por todos os acontecimentos e memórias felizes dela. Com a chegada de outras sensações, como Nojinho, Medo, Raiva e, principalmente, Tristeza, a vida de Riley fica cada vez mais confusa, especialmente quando ela é obrigada a se mudar com os pais de um bairro tranquilo em Minnesota para a grande e caótica São Francisco, deixando amigos de infância e uma rotina favorável.Na quarta cidade mais populosa da Califórnia, Riley não se encaixa, se sente solitária, sem amigos. Nem um pouco acostumada com esse tipo de adversidade, que eu, você e muitos de nós já enfrentamos, ela resolve fugir de ônibus para sua cidade natal, sem os pais. Um rápido choque de realidade faz com que ela se arrependa da decisão e volte ao novo lar.Enquanto isso, dentro de seu consciente, a equipe de sentimentos vive uma verdadeira saga para tentar resolver os problemas da "chefe". A negação e tentativa de esconder a Tristeza é a principal razão dos problemas, que circulam em volta da conscientização de Alegria de que sua colega azul não é sua oponente, mas sim companheira. é clara: não existe felicidade plena nessa terra e nem paz de espírito sem tristeza. É preciso ficar triste de vez em quando, aprender a enfrentar os dois lados para, assim, saber dar valor ao que há bom na vida. Parece um pouco complexo para um filme de animação, mas quem disse que desenhos são coisas de criança? Eu amo animações e essa passa a ser a FAVORITA deste então; 
No fim das contas, Divertida Mente mostra de uma maneira engraçada a grande chatice que sua vida pode se tornar a partir do momento em que você abandona as cordas e carrinhos de rolemã pelas pastas, cadernos de anotações e cartões de ponto, que também podem ser malas de viagem, pranchas de surf, troca de alianças e uma vida próspera. Tudo depende da maneira como você escolhe encarar a passagem do tempo.
Chega uma hora em que descobrimos que a vida não é feita apenas de bons momentos e a alegria não é a única emoção,a tristeza pode aparece e aparece e tem que ser vivida e como diz John Green em a Culpa é das estrelas: - a dor precisa ser sentida. A tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à salvação e não remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte” (2 Coríntios 7.9).É óbvio que a tristeza, como um fim em si mesma, não é uma virtude. Não somos instigados a buscar viver de forma triste. Mas nossa fé só será madura se entendermos que, além da tristeza ser natural, o próprio Deus se utiliza dela para nos moldar. Para nos afastar de nós mesmos, nos fazer odiar o pecado e tirar nossos olhos dessa terra.O tipo de fé que pretende ser imune às tristezas ou que busca negá-las como se elas não existissem, é uma fé infantil. Todos os grandes homens de Deus padeceram sob as enfermidades desse mundo vil. O próprio Cristo, a máxima expressão da piedade, é  um “homem de dores que sabe o que é padecer”(Isaías 53.3). Ainda que, deste lado da existência, assim como a Riley, sofremos por momentâneos domínios das nossas emoções “ruins”, sabemos que a alegria eterna e perene triunfará!
 Alegria sobre alegria. Para sempre!
A Alegria deve comandar nossa equipe de sentimentos como comanda a da pequena Riley. Quanto mais reparamos nas coisas boas da vida, mais matéria prima a Alegria tem para trabalhar e produzir ótimas lembranças!
A Tristeza também tem suas lições. Não esconda de ninguém quando você está triste – peça ajuda que tudo fica mais fácil. E quando a Tristeza dá as mãos com a Alegria, o que você ganha é uma memória nostálgica e agridoce, aquele tempo bom que não volta nunca mais!
A Raiva é útil – se você saber usá-la para dar combustível para a sua determinação.
O Medo te faz evitar roubadas e garante a sua sobrevivência nos momentos mais perigosos. Cuidado!
A Nojinho faz você ser fabulosa e buscar as melhores roupas, melhores delícias no almoço e companhias que você curta.
Todos eles, quando unem suas forças, te dão toda a força que você precisa para ser você!
Agora pega toda essa força, seus sorrisos e uns lencinhos de papel, e vai assistir a Divertida Mente!
Fique com o trailler do filme. 


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